Lançamento do livro Polo Spartaco, de Maria Socorro Pimentel. Saiba como foi.
- Mariápolis Ginetta
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Atualizado: há 5 dias
O sentimento que predominou no sábado, 26 de abril, durante o evento de lançamento do livro Polo Spartaco, de Maria Socorro Pimentel, foi o de profunda gratidão.

A própria autora, focolarina*, técnica em contabilidade, carinhosamente conhecida como Socorrinho, descreveu o momento como “o cumprimento de uma vontade de Deus”, uma missão realizada, um dever cumprido. Aos 87 anos de idade, Socorrinho irradia paz, serenidade, alegria e equilíbrio. Seu semblante transmite a sabedoria de quem vive o presente com solenidade. Ela realiza, assim, o que lhe foi sugerido, em comunhão com inúmeras pessoas que a auxiliaram a recolher, organizar e editar o material, como o Professor Lafayette e a atual Diretoria e Conselho da ESPRI, no Polo Spartaco, que não mediram esforços no processo de edição e execução dessa obra, publicada pela Editora Cidade Nova.
Esse modo de viver e trabalhar pela unidade, adotado por Socorrinho e por muitas pessoas presentes no evento, tem raízes que remontam a 1943, na Itália. Em plena Segunda Guerra Mundial, Chiara Lubich[1] e suas primeiras companheiras descobrem nas palavras do Evangelho uma novidade transformadora que, se colocadas em prática, trazem luz, vigor e vida mesmo em meio à tragédia.
Essa experiência, centrada em Deus Amor, expandiu-se a partir do Norte da Itália, alcançando os cinco continentes e gerando novas realidades comprometidas com a fraternidade universal.
No Brasil, uma dessas expressões concretas foi o surgimento do Polo Spartaco, resultado de uma inspiração que Chiara Lubich teve durante sua visita à Mariápolis Ginetta (na época, Mariápolis Araceli), em maio de 1991.
O momento central daquela visita foi um encontro no centro de eventos da Mariápolis Ginetta, o Centro Mariápolis, onde Chiara fez um discurso impactante à comunidade reunida, o qual ficou conhecido como “A bomba” — um apelo forte e direto às pessoas ali presentes, atentamente coesas.
Chiara havia se impressionado profundamente com o contraste social evidente entre o centro de São Paulo e suas periferias. Veio-lhe à mente a imagem da coroa de espinhos, já referida por Dom Paulo Evaristo Arns. Impulsionada por essa sua impressão, no dia 29/05/1991, compartilhou uma inspiração que viria a se chamar Economia de Comunhão (EdC).
Essa proposta, profundamente inovadora, deu origem a estudos, livros, teses e, sobretudo muitas ações ao longo dos anos, envolvendo indivíduos, grupos e empresas desde o seu início, suscitando uma verdadeira mudança de paradigma na área da economia, da administração, dos relacionamentos trabalhistas, da responsabilidade corporativa, social e empresarial.
Em 1993, surgiu o Polo Spartaco, pensado como um farol: algo que orienta, ilumina e inspira.
Portanto, sábado 26 de abril, foi uma data muito aguardada. Celebrou-se ali não apenas o lançamento de um livro, mas a história viva de um projeto, que como tantos diziam com reverência: foi planejado no céu. Reviveram-se experiências, testemunhos, momentos que marcaram os primeiros passos do Polo, até os dias atuais.
Como dizia Socorrinho, tratava-se de "tentar compreender juntos o que Chiara queria dizer com ‘ser um farol’". Tinha-se a clara percepção de que era obra de Deus — uma inspiração que brotava do céu e que, por isso, precisava tomar forma na terra.
O terreno foi adquirido, o primeiro galpão construído, a primeira empresa se instalou em um vasto espaço de terra vermelha na Estrada da Água Espraiada, 5480, Caucaia, Cotia, SP. Eis o Polo Empresarial Spartaco, que tem por objetivo colocar em prática os princípios da EdC:
“Nossa inspiração é que não existam mais pobres. Devemos desenvolver um verdadeiro movimento econômico. Os pobres, a cultura da partilha, os homens novos, as escolas de formação: esses são os pontos principais da EdC.”
- Chiara Lubich -
Presentes no lançamento do livro estavam os empresários Gilceu Turra, Antônio Carlos Pereira Cardoso e Darci Teixeira, que compartilharam como conheceram a EDC e como puderam dizer o próprio “sim” nessa caminhada, muitas vezes enfrentando incertezas e dificuldades típicas do mundo empresarial. Suas falas expressaram adesões concretas a uma nova forma de fazer economia, com a dignidade humana mantida ao centro de suas ações.
Gilceu Turra, Antônio Carlos Pereira Cardoso e Darci Teixeira
Outros testemunhos marcaram o evento. Arlete, que trabalhou como secretária do Polo por quase uma década, a partir de 1997 e Adriana Mendes, funcionária da La Túnica — a primeira empresa a se instalar ali — reviveram episódios e memórias que agora ganham vida no livro lançado.
Também estiveram presentes os corresponsáveis pela Mariápolis Ginetta, Iris Perguer e Aldo Acioli, que expressaram profunda gratidão por poderem participar deste momento. Ambos acompanharam o nascimento e o desenvolvimento da EdC e do Polo Spartaco na década de 1990.
Deise Lara, atual gestora do Polo Empresarial Spartaco, ao final da apresentação tomou a palavra agradecendo ainda a Socorrinho, e a todos(as), ressaltando que agora como em anos passados o foco continua sendo: acolher-se como em uma família, partilhando os desafios e conquistas uns dos outros.
A alegria era palpável na sala. O evento tornou-se um momento de comunhão verdadeira, profunda e comovente. Entre os convidados, havia um sentimento unânime: o desejo — e mais que isso, o compromisso — de fazer com que a Economia de Comunhão se expanda, alcance mais empresas, mais pessoas, e continue a ser farol no mundo de hoje.
Parabéns, Socorrinho, por essa belíssima obra concluída. A história destes anos do Polo Empresarial Spartaco está agora registrada. Cabe a nós escrever os próximos capítulos.
*Leiga consagrada, pertencente ao Movimento dos Focolares.
[1] Chiara Lubich - Fundadora do Movimentos dos Focolares (www.focolares.org.br)
Adriana Mendes, participantes do evento e Arlete Oliveira

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